sexta-feira, 27 de novembro de 2009

O pescador



 















A terra bebeu a neve
E,de novo,desabrocham
As flores de pessegueiro.
O lago é prata derretida
E são ouro recente
As folhas do salgueiro.
Sobre as flores,
Borboletas empoadas
Descansam suas cabeças de veludo.
Quebra-se a superfície do lago
Quando,do barco parado,
O pescador lança as redes.
Seu pensamento está com a mulher amada.
Ele regressa ao lar,
Tal como a andorinha
Leva comida ao seu par.

LI PO

Requiescat


























De meu mar, ofereço-te as ondas
e as praias
que poéticas conchas te trazem
Tais suaves mistérios te concedo,
mais as algas, e as gaivotas
que bicam tecidos de luz na tarde.

Povoados de ti, de mim,
os barcos que chegam e ardem.

Adere-te, pois, ao sal que em mim te chama,
molha teus pés em espuma e encanto,
cobre teu rosto
nas claras águas que o dia me abre.

(Sosseguem, minhas dorsais;
Descanse meu leviatã escuso.)

Fernando Campanella

quinta-feira, 26 de novembro de 2009







 











A vida sem amor é como um oceano vazio sem azul marinho e sem estrela do mar.
Sandro Kretus