sábado, 29 de janeiro de 2011



























Lá está o barquinho de velas brancas, navegando no mar!
Bem que ele poderia navegar só nas baias e enseadas,
onde não há perigo e o mar é sempre manso.
Mas não! Deixando a solidez da terra firme ,
ele se aventura para sentir o vento forte enfunando as velas e
o salpicar da água salgada que salta da quilha contra as
ondas. "Sem nunca ter um porto onde chegar" , ele
navega pelo puro prazer de entrar no mar.

Rubem Alves
















Muitas velas. Muitos remos.
Âncora é outro falar...
Tempo que navegaremos
não se pode calcular.
Vimos as Pleiâdes.
Vemos agora a Estrela Polar.
Muitas velas. Muitos remos.
Curta vida. Longo mar.

Cecilia Meireles