quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013




Estrelas: dizem que são navios longínquos, no alto mar da noite...
Marcelo Soriano

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013



chuva na praia
o céu beija o mar
- gaivota espera


Zezé Pina


sábado, 16 de fevereiro de 2013




Sintonizou o amor num radinho de pilha... E colou-o ao ouvido como se fosse uma concha de ouvir a poesia do mar...
Marcelo Soriano



A primeira vez que senti, de fato, o delírio do mundo, foi quando pisei no vestido de ondas da beira do mar.
Marcelo Soriano




A poesia é o correr pela praia. O poema são as pegadas na areia. O poeta é um corpo intangível e coletivo, semelhante ao vento na beira-mar.
Marcelo Soriano



Pequenas lembranças que recolhemos e guardamos nesta vida são como búzios perfeitos trazidos pela água do mar.
Marcelo Soriano

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013




Aos olhos do peixe vermelho, as pessoas iam e vinham, mergulhadas na prisão de paredes transparentes, do lado de fora do aquário.

Marcelo Soriano



O mais tocante do mar é a trilha sonora.
Marcelo Soriano

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Poema azul




O mar beijando a areia
O céu e a lua cheia
Que cai no mar
Que abraça a areia
Que mostra o céu
E a lua cheia
Que prateia os cabelos do meu bem
Que olha o mar beijando a areia
E uma estrelinha solta no céu
Que cai no mar
Que abraça a areia
Que mostra o céu e a lua cheia
um beijo meu


Sophia de Mello Breyner

Beira mar





Sou morador das areias
De altas espumas
Os navios passam pelas minhas janelas
Como o sangue nas minhas veias
Como os peixinhos nos rios,

Não tem velas, e tem velas
E o mar tem e não tem sereias
E eu navego, e estou parada
Vejo mundos e estou cega,
Porque isto é mal de família
Ser de areia, de mar, de ilhas
E até sem barco navega
Quem para o mar foi fadada,

Deus te proteja Cecília
Que tudo é mar - e mais nada.

Cecília Meireles

Mar em redor




Meus ouvidos estão como as conchas sonoras:
música perdida no meu pensamento,
na espuma da vida, na areia das horas...

Esqueceste a sombra no vento.
Por isso, ficaste e partiste,
e há finos deltas de felicidade
abrindo os braços num oceano triste.

Soltei meus anéis nos aléns da saudade.
Entre algas e peixes vou flutuando a noite inteira.
Almas de todos os afogados
chamam para diversos lados
esta singular companheira.


Cecília Meireles