A terra bebeu a neve E,de novo,desabrocham As flores de pessegueiro. O lago é prata derretida E são ouro recente As folhas do salgueiro. Sobre as flores, Borboletas empoadas Descansam suas cabeças de veludo. Quebra-se a superfície do lago Quando,do barco parado, O pescador lança as redes. Seu pensamento está com a mulher amada. Ele regressa ao lar, Tal como a andorinha Leva comida ao seu par.
De meu mar, ofereço-te as ondas e as praias que poéticas conchas te trazem Tais suaves mistérios te concedo, mais as algas, e as gaivotas que bicam tecidos de luz na tarde.
Povoados de ti, de mim, os barcos que chegam e ardem.
Adere-te, pois, ao sal que em mim te chama, molha teus pés em espuma e encanto, cobre teu rosto nas claras águas que o dia me abre.