domingo, 15 de dezembro de 2013
Todo Azul Do Mar
Foi assim, como ver o mar
A primeira vez que meus olhos se viram no seu olhar
Não tive a intenção de me apaixonar
Mera distração e já era momento de se gostar
Quando eu dei por mim nem tentei fugir
Do visgo que me prendeu dentro do seu olhar
Quando eu mergulhei no azul do mar
Sabia que era amor e vinha pra ficar
Daria pra pintar todo azul do céu
Dava pra encher o universo da vida que eu quis pra mim
Tu...do que eu fiz foi me confessar
Escravo do seu amor, livre pra amar
Quando eu mergulhei fundo nesse olhar
Fui dono do mar azul, de todo azul do mar
Foi assim, como ver o mar
Foi a primeira vez que eu vi o mar
Onda azul, todo azul do mar
Daria pra beber todo azul do mar
Foi quando mergulhei no azul do mar
Flávio Venturini
quarta-feira, 20 de novembro de 2013
quarta-feira, 6 de novembro de 2013
domingo, 15 de setembro de 2013
segunda-feira, 19 de agosto de 2013
domingo, 18 de agosto de 2013
domingo, 9 de junho de 2013
terça-feira, 28 de maio de 2013
A Lenda da Sereia
Nos primórdios do povoamento das Flores e em época imprecisa, estava um rapaz de cabelo aloirado e olhos azuis à pesca numa ponta, quando lhe pareceu ter apanhado um peixe. Viu umas bolhas a saírem da água, e qual não foi o seu espanto ao ver emergir o tronco nu de uma lindíssima rapariga. Tão intenso e luminoso era o seu cabelo que parecia ruiva.
Perante esta visão e sem hesitar demais, o jovem pescador atirou-se ao mar e nadou até chegar à linda rapariga. Mas a ruiva, vinda do mar, revelou então as escamas da sua cauda de peixe. Era uma sereia e não podia ir para terra senão morreria.
O amor que o rapaz lhe manifestou foi tão grande que a sereia, comovida e extasiada, lhe revelou que a única solução possível, seria ele arrancar as guelras que ela possuía.
Apaixonadíssimo, o jovem pescador venceu o medo e o horror e arrancou-lhe as guelras. Mal a jovem sereia se levantou de entre as pedras, o rabo de peixe desapareceu e transformou-se em duas formosas pernas de mulher. Em breve, o casal casou e teve filhos ruivinhos e de olhos azuis como os do pai, e tal como todas as outras lendas, viveram felizes e contentes para sempre.
sexta-feira, 10 de maio de 2013
domingo, 24 de março de 2013
O peixe espada
Quando um peixe-espada
Vê outro peixe-espada
Pensam que eles brigam?
Qual brigam qual nada!
Poderão no máximo
Brincar de duelo
Mas brigar só brigam
Com o peixe-martelo.
Ou com o tubarão.
Vinicius de Moraes
Mar
Na melancolia de teus olhos
Eu sinto a noite se inclinar
E ouço as cantigas antigas
Do mar.
Nos frios espaços de teus braços
Eu me perco em carícias de água
E durmo escutando em vão
O silêncio.
E anseio em teu misterioso seio
Na atonia das ondas redondas.
Náufrago entregue ao fluxo forte
Da morte.
Vinicius de Moraes
domingo, 10 de março de 2013
sábado, 9 de março de 2013
domingo, 3 de março de 2013
Brisa marinha
A carne é triste, sim, e eu li todos os livros.
Fugir! Fugir! Sinto que os pássaros são livres,
Ébrios de se entregar à espuma e aos céus imensos.
Nada, nem os jardins dentro do olhar suspensos,
Impede o coração de submergir no mar
Ó noites! nem a luz deserta a iluminar
Este papel vazio com seu branco anseio,
Nem a jovem mulher que preme o filho ao seio.
Eu partirei! Vapor a balouçar nas vagas,
Ergue a âncora em prol das mais estranhas plagas!
Um Tédio, desolado por cruéis silêncios,
Ainda crê no derradeiro adeus dos lenços!
E é possível que os mastros, entre ondas más,
Rompam-se ao vento sobre os náufragos, sem mastros,
sem mastros, nem ilhas férteis a vogar...
Mas, ó meu peito, ouve a canção que vem do mar!
Stéphane Mallarmé
sábado, 16 de fevereiro de 2013
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013
domingo, 3 de fevereiro de 2013
Poema azul
O mar beijando a areia
O céu e a lua cheia
Que cai no mar
Que abraça a areia
Que mostra o céu
E a lua cheia
Que prateia os cabelos do meu bem
Que olha o mar beijando a areia
E uma estrelinha solta no céu
Que cai no mar
Que abraça a areia
Que mostra o céu e a lua cheia
um beijo meu
Sophia de Mello Breyner
Beira mar
Sou morador das areias
De altas espumas
Os navios passam pelas minhas janelas
Como o sangue nas minhas veias
Como os peixinhos nos rios,
Não tem velas, e tem velas
E o mar tem e não tem sereias
E eu navego, e estou parada
Vejo mundos e estou cega,
Porque isto é mal de família
Ser de areia, de mar, de ilhas
E até sem barco navega
Quem para o mar foi fadada,
Deus te proteja Cecília
Que tudo é mar - e mais nada.
Cecília Meireles
Mar em redor
Meus ouvidos estão como as conchas sonoras:
música perdida no meu pensamento,
na espuma da vida, na areia das horas...
Esqueceste a sombra no vento.
Por isso, ficaste e partiste,
e há finos deltas de felicidade
abrindo os braços num oceano triste.
Soltei meus anéis nos aléns da saudade.
Entre algas e peixes vou flutuando a noite inteira.
Almas de todos os afogados
chamam para diversos lados
esta singular companheira.
Cecília Meireles
domingo, 27 de janeiro de 2013
Sereias
Navegar, navegar
pelos sete mares,
atravessar
montanhas de água,
florestas de água,
para encontrar
a pedra azul
onde dormem as sereias.
Roseana Murray
sábado, 26 de janeiro de 2013
sexta-feira, 25 de janeiro de 2013
O mar dos meus olhos
Há mulheres que trazem o mar nos olhos
Não pela cor
Mas pela vastidão da alma
E trazem a poesia nos dedos e nos sorrisos
Ficam para além do tempo
Como se a maré nunca as levasse
Da praia onde foram felizes
Há mulheres que trazem o mar nos olhos
pela grandeza da imensidão da alma
pelo infinito modo como abarcam as coisas e os Homens...
Há mulheres que são maré em noites de tardes
e calma.
Sophia de Mello Breyner Andresen
é o mar
É o mar que permanece – é sempre o mar
das esperas, que acende
os olhos,
para no exausto coração deitar
o silencio das praias e das ondas
a lassidão; é o mar que permanece
e faz da solidão da criatura
a solidão da água
que a circunda.
Alphonsus de Guimaraens Filho
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