Na melancolia de teus olhos Eu sinto a noite se inclinar E ouço as cantigas antigas Do mar.
Nos frios espaços de teus braços Eu me perco em carícias de água E durmo escutando em vão O silêncio.
E anseio em teu misterioso seio Na atonia das ondas redondas. Náufrago entregue ao fluxo forte Da morte. Vinicius de Moraes
terça-feira, 19 de março de 2013
É hora da tempestade. O mar espera silencioso. Victor Hugo
domingo, 10 de março de 2013
Em certos pontos, em certas horas, contemplar o mar é sorver um veneno. É o que acontece, às vezes, olhando para uma mulher. Victor Hugo
sábado, 9 de março de 2013
Tente recomeçar o mundo a partir de ondas de um mar sereno, ventos roubados de árvores, luz recolhida dos furos do tecido que reveste a manhã. Carlos Emilio Faraco
"Nessa pedra alguem sentou para ver o mar Ma o mar,nao parou para ser olhado E foi mar,pra todo lado." Paulo leminski
domingo, 3 de março de 2013
No aquário redondo o peixe dourado julga o mar enfadonho Eugénia Tabosa
Da mesma forma aquela sentença: “A quem te pedir um peixe, dá uma vara de pescar.” Pensando bem, não só a vara de pescar, também a linhada, o anzol, a chumbada, a isca… Cora Coralina
A carne é triste, sim, e eu li todos os livros. Fugir! Fugir! Sinto que os pássaros são livres, Ébrios de se entregar à espuma e aos céus imensos. Nada, nem os jardins dentro do olhar suspensos, Impede o coração de submergir no mar Ó noites! nem a luz deserta a iluminar Este papel vazio com seu branco anseio, Nem a jovem mulher que preme o filho ao seio. Eu partirei! Vapor a balouçar nas vagas, Ergue a âncora em prol das mais estranhas plagas!
Um Tédio, desolado por cruéis silêncios, Ainda crê no derradeiro adeus dos lenços! E é possível que os mastros, entre ondas más, Rompam-se ao vento sobre os náufragos, sem mastros, sem mastros, nem ilhas férteis a vogar... Mas, ó meu peito, ouve a canção que vem do mar! Stéphane Mallarmé