quarta-feira, 7 de abril de 2010

Fragilidade




 














Teu nome nas águas
tão fundas, tão grandes

perde-se na espuma,
castelo de instantes.

No aço azul da noite
teu firme retrato

acorda entre nuvens
já desbaratado.

A sorte da pedra
é tornar-se areia:

Mas quem não soluça
pensando em teu rosto

reduzido a poeira...

Cecilia Meireles

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