O teu silêncio é ave noturna - Pupila que de remotas torres vigia. Do filhote, já os trêmulos augúrios; Do consorte, a fome de rapina.
Tem algo abissal, o teu silêncio - Pérola onde toda luz ensaia. Dos cavalos do mar, o galope náutico E as líquidas crinas; Das dorsais oceânicas, a geometria do assombro, O sólido, frontal encanto.
Ato litúrgico, iluminuras, litanias - o teu silêncio é ainda espargido incenso ( cinza imemorial e odora) nave dos silêncios góticos que ergui.
(Melhor te amariam os olhos que distraídos de mim te vissem.)
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